sexta-feira, 24 de junho de 2011

um tanto de medo.


pai, estava pensando... acredita qe houve um dia em qe eu não sabia caminhar? neste tempo era você qem segurava a minha mão, e de tão firme me fazia colocar um pé a frente do outro sem me preocupar com qualquer queda.
E hoje qe eu posso correr, qe eu consigo mover cada pedaço meu, percebi qe a sua mão continua aqui, segurando a minha. acho qe é mesmo verdade qe os filhos nunca crescem, e ainda bem, porqe sentir sua mão contornando a minha me faz querer ser pra sempre bem pequenina pra caber no seu abraço muito maior que o meu.
sabe pai, as vezes eu fico horas olhando pra você, numa tentativa de guardar o futuro dentro dos olhos meus. sabe pai, tem pessoas qe não podem morar no céu, porque as nuvens impedem que daqui da terra os outros a vejam. sabe pai, ao lado da minha cama eu coloquei uma foto nossa. nela está impressa a minha infância. você está agachado, e eu estou protegida entre os seus braços. o seu dedo aponta pra um lugar que a foto não me deixa ver, e é por isso qe eu escolhi esta imagem.
sabe pai, quando eu penso em amor eu vejo você. sabe pai, eu também sinto medo, me sinto feito fruto quando nasce de uma árvore e receia sobreviver pouco tempo sem raíz. é qe eu tenho medo de quebrarem a minha asa... tenho medo do tempo, do tempo qe pode chegar sem piedade.. e fico tentando esquecer coisas qe passaram e me fizeram sofrer..

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